Quando Jesus é convidado por Simão, um reverendo da época para ir a sua casa. Simão o convida,mas trata-o como um parente indesejado. Um tio distante. Sem as costumeiras gentilezas. Sem o beijo de saudação. Sem providenciar que seus pés fossem lavados. Sem oléo para a cabeça.
Ou, em termos mais atuais ninguem abriu a porta para Ele, pegou seu casaco ou apertou sua mão. Até mesmo o conde Drácula seria mais cortês.
Simão não faz nada para que Jesus se sinta bem vindo. No entanto, a mulher faz tudo o que Simão não fez. Não sabemos o nome dela. Somente a sua reputação: uma pecadora. Mais provavelmente uma prostituta. ela não tinha convite, muito menos posição na sociedade. As pessoas se voltam para vê-la e enrubescem.
Mas as opiniões das pessoas não a impediram. Ela não veio por causa delas. Ela veio por Ele. Cada gesto seu foi medido e calculado. Cada gesto seu é extravagante. Ela encosta seu rosto nos pés dEle, ainda cobertos pela poeira. Não tem água, mais temm lágrimas.Não tem toalhas, mas tem seus cabelo.
Abre um frasco de Perfume, talvez a unica coisa de valor que possui, e aplica o perfume em seus pés. O aroma é tão inevitavel como a ironia.
Alguem poderia pensar que Simão, mais que todas as pessoas, mostraria um amor como este. Mais ele é rispido, distante.
Como explicamos a diferença entre os dois? Treinamento? Educação? Dinheiro? Não, porque deixa Simão a supera em todas.
Mas existe uma aréa em que a mulher deixa Simão muito para trás. O que ela descobriu, e Simão não? Qual é o tesouro que ela estima e Simão não? É simples. O AMOR DE DEUS!!! Não sabemos quando ela o recebeu. Não sabemos como ouviu falar dele. Mas sabemos que ela tinha muita sede. Sede gerada pela culpa. Sede devido ao arrependimento. Sede pelas inumeras noites em que procurou o amor e não o encontrou.
E quando Jesus lhe passa o calice da graça, ela bebe. Não mergulha o dedo e o lambe. Leva o liquido aos seus labios e bebe, engolindo com voracidade como uma peregrina sedenta que é. Bebe até que a misericordia escorra por seu queixo, pescoço e peito.Ela tem muita sede e bebe. Bebe profundamente. Até que cada centimetro da sua alma esteja umedecido e tenro.
Simão por sua vez, nem sabe que tem sede. Pessoas como ele não precisam da graça; a analisam. Não pedem misericordia; provome debates e disputas. Ñão que Simão não pudesse ser perdoado; ele nunca pede para ser perdoado.
Assim, enquanto ela bebe, ele se infla. Enquanto ela tem um imenso amor para dar, ele não tem amor para oferecer. Por que? Leia novamente o verso 47: "aquele a quem pouco é perdoado pouco ama" . Em outras palavras não podemos dar o que nunca recebemos. Se nunca recebemos amor, como podemos amar aos outros?
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